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2ª Conferência Livre de Comunicação e Saúde propõe construir Política Nacional de Comunicação para o SUS
No próximo dia 16 de maio realiza-se virtualmente a 2ª Conferência Livre de Comunicação e Saúde (2ªCLCS), que reunirá pessoas da sociedade civil para debater os processos e os caminhos para a elaboração de uma Política Nacional de Saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS). As proposições serão apreciadas durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde, que será realizada entre os dias 2 e 5 de julho, em Brasília, com o objetivo de contribuir para avanços na garantia do direito à saúde e à comunicação. Para os/as ATPSs que quiserem participar, as inscrições para a 2ª Conferência Livre de Comunicação e Saúde foram prorrogadas até 10/5, quarta-feira. Preencha o formulário de inscrição.
A ATPS Debora Pinheiro integra a comissão organizadora da 2ªCLCS. “Entre colegas da carreira de desenvolvimento de políticas sociais, temos debatido sobre a comunicação como um direito, uma política do SUS e, portanto, uma política social. Uma comunicação robusta no SUS, que não seja entendida apenas como uma ferramenta mas como parte de uma política pública com foco no cidadão, é uma medida de proteção, por exemplo, para um eventual governo negacionista, antivacina, que dissemine desinformação. Em casos nos quais houve tentativa de captura do serviço público para defender interesses pessoais, foi graças a servidores cientes de seu papel e responsabilidade que o estado brasileiro foi protegido. A comunicação do SUS precisa chegar também a esse nível de comprometimento e consistência”, afirma.
O que já foi elaborado?
A Conferência traz quatro eixos temáticos: 1) O Brasil que temos. O Brasil que queremos; 2) O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas; 3) Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia; e 4)‘Amanhã será outro dia para todos, todas e todes.
No eixo 1, a proposta é estruturar uma política nacional de comunicação pública do SUS e incluí-la no Plano Nacional de Saúde, para que seja transformada em política de Estado. Dentre as sugestões dessa etapa, está a criação de uma Câmara Técnica de Comunicação, no âmbito do Ministério da Saúde, formada por profissionais da comunicação do SUS e membros do Conselho Nacional de Saúde, além da criação de uma agência de notícias do SUS.
Já no eixo 2, algumas sugestões são reativar a Comissão Permanente Intersetorial de Comunicação e Saúde no Conselho Nacional de Saúde e incentivar estratégias de formação e educação continuada em comunicação pública.
No eixo 3, entre as propostas, está a de democratizar o acesso à internet de banda larga como forma de também garantir acesso à saúde, além de priorizar o uso de linguagem simples na comunicação do SUS, em substituição às linguagens técnica, científica ou jurídica.
Por fim, no eixo 4, os pesquisadores querem garantir estruturas próprias de comunicação nos conselhos de saúde, criar um observatório de monitoramento e avaliação sobre desinformação e criação de notícias falsas, além de desenvolver políticas de educação formal e informal sobre produção, circulação e consumo midiático das informações sobre saúde.
Serviço
A Conferência é gratuita e virtual. Para se inscrever, CLIQUE AQUI.
Para conhecer as propostas já elaboradas, CLIQUE AQUI.